terça-feira, 21 de maio de 2013

Somos tão jovens (crítica)

Confesso que nunca fui fã de Legião Urbana, mas mesmo assim me aventurei a assistir "Somos Tão Jovens", cinebiografia de Renato Russo, com direção de Antônio Carlos da Fontoura.
O filme enfoca o início de carreira de Renato, bem como surgimento da Legião Urbana e do cenário rocker de Brasília. Ou seja, não chega ser uma biografia completa de Renato Russo, embora ali estejam retratados todos os elementos que o definiriam como artista.
O fato de o filme retratar justamente a juventude do protagonista contribui para criar a atmosfera romântica comuns nas narrativas do gênero, de modo que todos os excessos se inserem em um contexto de descoberta, sonhos e decepções, contudo, sem soar clichê, muito graças a belíssima e convincente interpretação de Thiago Mendonça.
A música também desempenha um papel obviamente essencial, mas é utilizada com inteligência, complementando a narrativa e criando momentos bastante comoventes.
Do ponto de vista 'histórico', corre-se o risco de o filme levar ao equívoco de se considerar que o rock no Brasil nasceu em Brasília. Além disso, é irônico observar que uma juventude altamente elitizada, de todas as vertentes possíveis, se identificou justamente com o punk rock. Por fim, não deixa de ser curioso ver outras estrelas do rock BR, como Dinho Ouro e Herbert Vianna, retratados enquanto jovens.
Dinho Ouro Preto em sua versão cinematográfica adolescente
Um belo e importante filme que poderá agradar até mesmo quem não é fã. E uma ótima forma de introduzir as novas gerações em um capítulo importante do rock nacional.

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