segunda-feira, 27 de junho de 2016

Chile campeão aposenta Messi

Pela segunda vez os EUA receberam uma final de futebol importante. E tal qual em 1994, o placar da decisão foi 0x0. Apesar de o jogo não ter sido ruim, deve ser difícil para um norte-americano médio entender porque o mundo ama esse esporte que eles durante décadas relegaram a terceiro plano. 

Outra coisa que vai ser difícil explicar para os anfitriões: como o melhor jogador do mundo não consegue ser campeão com sua seleção? Como após tanto sucesso individual ele cobra bisonhamente um pênalti decisivo?

Culpar Higuaín por sua ineficiência seria válido mas insuficiente. Talvez seja alguma praga uruguaia, já que com mais um fiasco argentino a Celeste continua soberana nas conquistas continentais 15 títulos contra 14 argentinos (o Brasil tem apenas 8, enquanto o Chile conquistou o 2º caneco apenas).
Aliás, eis outro ponto de difícil explanação: há dois anos o Chile era um dos 'virgens' da América e agora é uma 'potência' com seus dois títulos seguidos. 

Obviamente, o Chile tem todos os méritos e mostrou força mesmo depois de uma pequena crise que culminou na saída do técnico Sampaoli. Os categóricos 7x0 no México e a solidez da equipe diante da Argentina não deixam dúvidas de que o Chile amadureceu e está ainda melhor que na sua conquista anterior. Talvez o fato de ter tirado o peso de nunca ter ganho um título tenha a ver com essa evolução. Justamente o contrário do que ocorre com a Argentina. com seus 23 anos sem títulos que geram uma enorme pressão.

Não à toa Messi jogou a toalha e disse que não jogará mais pelo seu país. Pode ser que seja mais um desabafo que uma decisão, mas caso se confirme, será uma mácula em sua brilhante carreira. E talvez o mais triste desfecho para essa Copa América que começou errado com sua realização fora da América do Sul e que se tornou mero repeteco de sua edição anterior. 

Já as consequências da competição deverão ser sentidas na retomada das eliminatórias. O Uruguai líder das Eliminatórias saiu arranhado, o Brasil péssimo nas duas competições deverá sofrer uma pequena revolução com a chegada de Tite. O Chile deverá retomar sua confiança. E mesmo equipes como Equador e Venezuela mostraram certa evolução. E a Argentina não terá mais Messi. Não é pouca coisa. Será um doloroso caminho até a Rússia.

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